Thorbjoern Jagland, chefe do comitê, disse que a premiação foi um lembrete para os países com grandes estoques desse tipo de arma, como EUA e Rússia, para que se livrem deles, "especialmente porque eles estão exigindo que outros, como a Síria, façam o mesmo".
"Agora temos a oportunidade de nos livrarmos de toda uma categoria de armas de destruição em massa", disse. "Será um grande aontecimento histórico se conseguirmos."
A entidade, baseada em Haia, na Holanda, está atualmente supervisionando, com apoio da ONU, a destruição das armas químicas do regime do presidente Bashar al-Assad, na Síria, em meio à guerra civil que devasta o país e já matou mais de 115 mil pessoas, provocando uma crise humanitária e política que ameaça contaminar a região do Oriente Médio.
A destruição das armas químicas foi definida após um acordo diplomático entre Rússia e Estados Unidos, que impediu um ataque militar americano ao país em crise, que parecia iminente.
A ameaça de ataque americana ocorreu após um ataque, provavelmente com gás sarin, que matou pelo menos 1.429 civis sírios, muitos deles crianças, nos subúrbios da capital, Damasco, em agosto.
O Ocidente, liderado pelos EUA, responsabilizou o regime de Assad pelo ataque.
O governo sírio se disse inocente e afirmou que o ataque foi levado por terroristas ligados à rede da Al-Qaeda.
O prêmio para a Opaq foi comemorado pelos países ocidentais.
Guerra continua
Mas, enquanto a inspeção e a destruição das armas químicas continua, com uma equipe de 27 pessoas em campo, as forças de Assad e os rebeldes continuam se enfrentando pelo país, com armas convencionais.
Mas, enquanto a inspeção e a destruição das armas químicas continua, com uma equipe de 27 pessoas em campo, as forças de Assad e os rebeldes continuam se enfrentando pelo país, com armas convencionais.
A entidade Human Rights Watch disse que rebeldes mataram pelo menos 190 civis na província de Latakia em agosto.
Volta às raízes
A premiação é uma volta às raízes pacifistas do prêmio ,após algumas premiações recentes, como a da União Europeia, no ano passado, e a do presidente ameriano Barack Obama, em 2009, que foram alvo de críticas.
A premiação é uma volta às raízes pacifistas do prêmio ,após algumas premiações recentes, como a da União Europeia, no ano passado, e a do presidente ameriano Barack Obama, em 2009, que foram alvo de críticas.
O Nobel foi instituído pelo industrial sueco Alfred Nobel, inventor da dinamite.
Sua última vontade foi de que a láurea premiasse três causas: "fraternidade entre as nações", a abolição ou a redução dos exércitos e a formação e difusão de congressos de paz.
O prêmio, equivalente a US$ 1,25 milhões, deve ser formalmente entregue em uma cerimônia em Oslo em 10 de dezembro, aniversário da morte de Alfred Nobel, fundador do prêmio.
A TV pública norueguesa NRK, que costuma antecipar o nome dos laureados, anunciou a vitória da Opaq mais de uma hora antes do anúncio oficial.
Fonte : MUNDO
10/2013 06h01 - Atualizado em 11/10/2013 11h48
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